Olhe para cima: descubra os efeitos da emissão luminosa na observação do céu noturno com Richard Otterloo
Você sabia que a observação astronômica tem sido prejudicada devido à poluição luminosa? Como destaca Richard Otterloo, a emissão luminosa tem impactado a observação do céu durante o período noturno. Neste artigo, iremos descobrir os efeitos dessa poluição na observação do céu noturno. Continue a leitura para saber mais.
Afinal, o que é poluição luminosa?
Conforme explica Richard Otterloo, a poluição luminosa é um fenômeno decorrente da expansão e crescimento populacional nas cidades. Esse fenômeno é a incapacidade de ver o céu noturno como ele é devido à iluminação artificial das cidades, casas e ruas em todo o mundo.
Segundo os especialistas, a poluição luminosa ou emissão luminosa, como também é conhecida, é um grande problema para a observação do céu noturno, além é claro dos problemas ambientais, como poluição atmosférica, que também contribui para a mudança do céu à noite, dificultando a observação.
Comum na vida moderna, recente na história da humanidade
Muitos especialistas destacam que a poluição luminosa é um problema comum na vida moderna, mas, ao mesmo tempo, é uma questão recente na história da humanidade. Como comenta Richard Otterloo, o problema não tem mais que um século, talvez até menos que isso em determinados lugares.
No entanto, como frisa Richard Otterloo, os estudos do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) mostram que, mesmo sendo um problema recente, os seus efeitos existem e estão refletindo cada vez mais no cotidiano. Mas quais são esses efeitos? Acompanhe a leitura para descobrir.
Aumento da luz visível
Como evidencia Richard Otterloo, o aumento da luz aparente é um dos principais problemas para a observação do céu noturno. Nesse sentido, conforme os estudos, uma das formas de poluição luminosa mais intensas são as chamadas “skyglow” presentes em partículas que compõem as luzes de rua e outras fontes de luz produzidas pelos humanos.
Conforme expõe Richard Otterloo, os especialistas explicam que o Skyglow é caracterizado pelo aumento perceptível da luminosidade no céu noturno e pode ser identificado à distância sobre áreas urbanas. O excesso de iluminação contribui para a dispersão de partículas de luz na atmosfera, prejudicando a observação astronômica de estrelas e planetas.
Como elucida Richard Otterloo, os especialistas em observação astronômica destacam que o problema fica ainda mais complicado, configurando-se como um grande desafio devido à presença de satélites e detritos espaciais na órbita da Terra, intensificando os obstáculos para a observação dos corpos celeste durante o período noturno.
Observação astronômica
Com o aumento da luz aparente, a observação astronômica é prejudicada, uma vez que a qualidade do espectro da luz, a ser observado e analisado pelos astrônomos, é impactada pelas interferências luminosas de fontes externas, que, conforme apresenta Richard Otterloo, não são estrelas e corpos celestes. Por esse motivo, os observatórios são construídos longe das cidades, como uma forma de minimizar as interferências luminosas, garantindo a precisão das observações.
Além disso, a poluição luminosa, como aponta Richard Otterloo, também traz efeitos adversos para a vida animal. Isso porque a emissão luminosa confunde e perturba os padrões de migração de muitas espécies. Assim, tartarugas, insetos e pássaros são atraídos pela luz artificial, sendo levados a migrarem para fora do período apropriado.
Todo mundo já viu aquele inseto que fica girando ao redor das lâmpadas nas ruas, não é? Então é justamente sobre isso que os especialistas estão falando.
Como reduzir a poluição luminosa?
Segundo dados do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 80% da população é afetada pela poluição luminosa. Em lugares como Chile, Estados Unidos, Havaí e França, já existem algumas formas de redução da iluminação próxima a observatórios.
Como demonstra Richard Otterloo, alguns lugares estão investindo em reservas de céu escuro com o uso de iluminação adequada, como a instalação de postes de luz que iluminem apenas a rua sem serem projetados e dispersados diretamente para o céu. Em alguns lugares e cidades da França é comum que em determinados horários as luzes da rua sejam apagadas, utilizando menos recursos de iluminação noturna.