Será que o remake pode ser melhor que o original? Descubra alguns casos de sucesso!

Como comenta José Severiano Morel Filho, no universo cinematográfico, os remakes têm uma função importante: revitalizar histórias clássicas, atualizando-as para novas gerações. Enquanto alguns remakes não conseguem captar a essência dos originais, outros conseguem não só igualar como até superar suas fontes de inspiração. Vamos explorar alguns desses casos em que o remake brilhou mais intensamente que o filme original?

“Scarface” (1983)

O remake de “Scarface”, dirigido por Brian De Palma e estrelado por Al Pacino, é um excelente exemplo de como uma releitura pode redefinir uma história. O original de 1932, um filme noir focado na ascensão e queda de um gângster durante a Lei Seca, foi transformado em uma vibrante e violenta narrativa sobre o tráfico de drogas em Miami nos anos 80. A atuação icônica de Al Pacino como Tony Montana e a direção estilizada de De Palma deram nova vida à trama, fazendo deste remake um clássico cult adorado por muitos.

“Os infiltrados” (2006)

“Os infiltrados”, dirigido por Martin Scorsese, é um remake do filme de Hong Kong “Conflitos internos” (2002). Conforme expõe o entusiasta José Severiano Morel Filho, a trama sobre policiais e criminosos infiltrados em facções rivais foi magnificamente adaptada ao cenário de Boston, com um elenco estelar que inclui Leonardo DiCaprio, Matt Damon e Jack Nicholson. O filme foi um sucesso de crítica e público, levando Scorsese a ganhar seu primeiro Oscar de Melhor Diretor, e muitos consideram “Os infiltrados” superior ao original por sua complexidade e execução magistral.

“True grit – bravura indômita” (2010)

“Bravura indômita”, dos irmãos Coen, é um remake do clássico western de 1969 estrelado por John Wayne. A nova versão traz Jeff Bridges no papel do xerife Rooster Cogburn, e destaca-se por sua fidelidade ao romance original de Charles Portis, assim como pela sua abordagem mais sombria e realista. A performance impressionante de Hailee Steinfeld como Mattie Ross e a direção precisa dos Coen fizeram deste remake um sucesso crítico e comercial, considerado por muitos superior ao original.

“Onze homens e um segredo” (2001)

“Onze homens e um segredo”, dirigido por Steven Soderbergh, é um remake do filme de 1960 estrelado pelo Rat Pack, liderado por Frank Sinatra. A versão de Soderbergh, com um elenco estelar incluindo George Clooney, Brad Pitt e Julia Roberts, trouxe um toque moderno e estiloso à história de um grupo de ladrões que planeja um elaborado roubo a cassinos de Las Vegas. Como elucida José Severiano Morel Filho, conhecedor de cinema, com um roteiro afiado e performances carismáticas, o remake se destacou e deu origem a uma bem-sucedida franquia.

“A mosca” (1986)

Dirigido por David Cronenberg, “A mosca” é um remake do filme de 1958 sobre um cientista que se transforma gradualmente em um híbrido de homem e mosca após um experimento que deu errado. A versão de Cronenberg é mais visceral e aterrorizante, destacando-se pelos impressionantes efeitos especiais e pela atuação intensa de Jeff Goldblum. O remake é amplamente considerado superior ao original devido à sua abordagem mais madura e complexa dos temas de identidade e transformação.

“Chamas da vingança” (2004)

“Chamas da vingança”, estrelado por Denzel Washington e dirigido por Tony Scott, é um remake do filme de 1987. A nova versão apresenta Washington como um ex-agente da CIA que busca vingança após o sequestro de uma jovem garota sob sua proteção. Como aponta José Severiano Morel Filho, o remake destaca-se pelo seu ritmo acelerado, intensa ação e a performance emotiva de Washington, tornando-se um sucesso tanto de crítica quanto de bilheteria e, para muitos, superando o original em impacto emocional.

“Duna” (2021)

Denis Villeneuve dirigiu o remake de “Duna”, uma adaptação do clássico de ficção científica de 1965, que já havia sido levado às telas em 1984 por David Lynch. A nova versão, com um elenco de estrelas incluindo Timothée Chalamet, Zendaya e Oscar Isaac, é aclamada por sua fidelidade ao romance original de Frank Herbert, bem como por seus deslumbrantes efeitos visuais e trilha sonora imersiva. A visão de Villeneuve sobre o universo de “Duna” foi bem recebida tanto pelos fãs quanto pelos críticos, sendo considerada uma obra superior à sua predecessora.

Por fim, como frisa o comentador José Severiano Morel Filho, os remakes têm o poder de revisitar e reimaginar histórias clássicas, trazendo novas perspectivas e tecnologias para contar essas narrativas. Embora nem todos os remakes sejam bem-sucedidos, aqueles que conseguem capturar a essência do original e adicionam algo novo têm o potencial de superar suas fontes de inspiração, deixando um legado duradouro na história do cinema.